Modelo: Abarth S2000 Prototipo
Marca: NSR
Motor: King Evo 21k
Ora comecemos este artigo com um pressuposto no minimo... polémico. Na preparação deste modelo excelentemente conseguido pela NSR, não vamos tirar partido da possibilidade de montar o motor em posição anglewinder.
Vamos pegar neste modelo, deveras equilibrado na sua forma inicial, como de resto nos tem habituado a NSR, e fazer algo que até à data... ninguém ousou tentar. Por forma a encaixar no nosso regulamento de WRC, a " M Powerslide Team " monta para esta categoria uma Abarth S2000 4x4. Tal qual o original conduzido por Anton Alen, Andrea Navarra e Umberto Scandola no IRC.
A tarefa avizinhava-se algo complicada. Apesar da relativa simplicidade da mecânica do modelo, a mesma implicava alguns obstáculos á colocação de polias e correias a atravessar o comprimento do chassi. Isto aliado á excelente basculação do berço e de toda a estrutura do chassi, deixou-me a pensar que ou era uma excelente ideia, ou algo que podia correr muito mal.
Começando do inicio:
- Localizar as polias (Ninco, de aperto)
Na frente, do lado interior ao pilar de fixação (desencostado!)
Atrás, no lado oposto ao da posição onde estaria a cremalheira se o motor fosse montado em anglewinder.
Para tal foi necessário analisar exactamente onde passaria a correia e eventualmente ajustar as polias por milímetros, para que o caminho se tornasse desimpedido de obstáculos e fricções não desejadas. Eis a solução encontrada.
Passando o pleonasmo, justamente justo para o efeito. Conseguimos assim equipar o nosso S2000 com tracção às quatro rodas.
Adicionando um pouco de basculação ao berço do motor, mas mantendo os parafusos de fixação da carroçaria apertados. o berço ao bascular pode provocar um ou outro ponto de fricção entre a correia e o berço, mas ainda assim estou optimista quanto aos testes na pista.
Chegado o dia de testar esta maquina de precisão existiam dois factores necessários a levar em conta:
- O circuito em que decorreriam os testes, seria o GT Team Slot Clube, uma pista de velocidade construída pela Carrera. Podem encontrar uma vista geral do traçado
aqui, cortesia do nosso amigo Hugo Figueiredo.
- O motor apenas havia sido rodado a 9V durante 10 minutos, possivelmente não desenvolveria ainda toda a sua potência.
As primeiras voltas são dadas, o carro porta-se serenamente. Quando requisitado para uma aceleração mais pujante eis que... não desenvolve. Problemas de motor? A transmissão a prender? Punho? Calha?
Não... apenas o íman que se havia acoplado á caixa do motor sem avisar, enganando-me pois julgava tê-lo tirado.
De volta à pista com este contratempo resolvido. O carro comporta-se ainda melhor agora no pleno das suas capacidades. Curvando com suavidade, nas primeiras voltas deparo-me com uma particular dificuldade em encontrar um ponto de aceleração para a saída das curvas. Muito cedo, e acabo fora, a meio consigo fantásticas cambalhotas (a par com os meus colegas dos Corsinhas da Sloter). O ponto melhor seria mesmo à saída das mesmas. O problema que surgiu em seguida era a excessiva travagem que a transmissão estava a impor. O que não será mau de todo em rali.
De volta à oficina. Vamos proceder a algumas alterações e ver o que acontecerá a seguir.